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“A persistente validade e vitalidade do marxismo”

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“A persistente validade e vitalidade do marxismo”

06/05/2018

Eu presumo que a melhor forma de nós celebrarmos o 200º aniversário de Karl Marx é estudando sua obra e a importância de seus ensinamentos revolucionários para a história social da humanidade e para a conjuntura atual, considerando a persistência da validade e da vitalidade de seu ensino.

Nós fizemos uma crítica renovada do capitalismo e do capitalismo monopolista; esforçamo-nos para revigorar o movimento revolucionário do proletariado e demais classes populares para dar um fim à monstruosidade que se tornou o capitalismo monopolista e concretizar a fase de transição ao comunismo, o socialismo. Como Marx há muito nos dissera, a questão é transformar o mundo.

Com 26 anos, Marx abraçou totalmente a causa comunista do proletariado em 1844. Esse foi o ano em que ele publicou seus Manuscritos Econômicos Filosóficos, onde ele apontou para o processo desumano do capitalismo, através do qual a classe capitalista aliena do proletariado dos produtos de seu trabalho, e deste modo, acumula capital. Este é o trabalho “morto” não remunerado que é usado para dominar e explorar o trabalho vivo nos ciclos de produção e exploração capitalista posteriores.

Foi também em 1844 que Marx iniciou sua parceria e camaradagem vitalícia com Engels, cujo trabalho As Condições da Classe Trabalhadora na Inglaterra o impressionara profunda e imensamente. Ele e Engels concordaram em colaborar na pesquisa e no trabalho teórico, em conexão com o movimento político das classes trabalhadoras.

O Marxismo como a teoria da Revolução Proletária

Marx formulou a teoria da Revolução Proletária na estrada do desenvolvimento da civilização. Ele extraiu dos campos mais avançadas de conhecimento de sua época as três fontes constitutivas do marxismo: a filosofia materialista, economia política e a ciência social (socialismo utópico). Ele usou estes campos como armas integrais do proletariado, pela sua conscientização de sua condição e para libertarem-se a si mesmos e ao resto da humanidade.

  1. Ele estudou a filosofia alemã, especialmente o idealismo de Hegel e o materialismo de Feuerbach. Ele adotou a perspectiva científica do materialismo e formulou o materialismo dialético enquanto a lei das contradições dentro das sociedades e da natureza, e como método de pensar e de agir, colocando a antiga dialética metafísica em uma base materialista, não apenas com uma percepção sensorial da realidade, mas até a atividade revolucionária crítica, visando a transformação da realidade social.

Ele aplicou o materialismo dialético na história social da humanidade e criou o materialismo histórico para explicar a transformação de uma forma de sociedade para outra mais elevada através das lutas de classes, e através das contradições de classes dentro do modo produção e entre este modo produção e a superestrutura social. Ele traçou a sequência progressiva da sociedade comunista primitiva, para a sociedade antiga escravista, para o feudalismo, capitalismo e finalmente o socialismo e o comunismo.

As maiores obras filosóficas de Marx são os Manuscritos Econômicos Filosóficos de 1844, as Teses de Feuerbach, a Ideologia Alemã (em coautoria com Engels), A Sagrada Família ou a Crítica da Crítica Crítica (também em coautoria com Engels) e a Miséria da Filosofia, em resposta à Filosofia da Miséria de Proudhon. Estes trabalhos são complementados por Engels em Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Clássica Alemã, Anti-Dühring e a Dialética da Natureza.

  1. Marx estudou a economia política inglesa, especialmente os expoentes da teoria do valor-trabalho, Adam Smith e David Ricardo. Ao aplicar rigorosamente a dialética marxista em uma enorme base de dados econômicos, ele escreveu O Capital, sua colossal e penetrante crítica ao capitalismo. Ele estudou a mercadoria como a célula da produção industrial em larga escala e como a subsunção real da força de trabalho (mensurável no tempo de trabalho socialmente necessário), e descobriu a mais-valia (trabalho não remunerado) como teoria para explicar a exploração, tomando-a como a fonte dos lucros dos industriais, banqueiros e especuladores da terra (renda capitalista da terra), no próprio processo de produção capitalista.

Ele traçou a acumulação de capital através da realização do lucro pelos competidores capitalistas, o crescimento acelerado do capital constante em plantas industriais, maquinário, equipamentos e matérias-primas, em detrimento do capital variável (salários); a tendência da queda das taxas de lucro; a crise de superprodução ligada ao declínio dos salários e das demandas de consumo; e o uso desesperado do capital financeiro para a expansão colonial sob o slogan do livre-comércio, visando sustentar a economia industrial capitalista.

Os trabalhos de Marx na economia política incluem Uma Contribuição para a Crítica da Economia Política, os quatro volumes de O Capital e o folheto Salário, Preço e Lucro que pode ser usado para facilitar o estudo de O Capital. O Manifesto do Partido Comunista e a Crítica ao Programa de Gotha explicam como o socialismo se realiza e procede ao comunismo.

  1. Marx estudou a ciência social francesa, especialmente os democratas revolucionários e os socialistas utópicos. Ele reconhece a série de lutas de classes através da história como a causa das transformações sociais. Ele delineia as lutas de classes do proletariado moderno como a chave para as lutas democráticas das massas trabalhadoras, e combateu o voluntarismo e as boas intenções que caracterizavam o socialismo utópico.

Ele atribuiu aos democratas revolucionários franceses a concepção anterior das lutas de classes e afirmou que sua contribuição é a concepção das lutas de classes como um caminho que levará para a ditadura de classe do proletariado na sociedade socialista. Este é o núcleo da teoria do socialismo científico, baseado nas lutas revolucionárias das massas, como está tão bem exposto no Manifesto Comunista de 1848.

Esta é a mais conhecida obra de Marx e Engels. Foi escrita em conexão com a Liga dos Comunistas. Ela pressagiou as revoltas operárias e camponesas em larga escala por toda a Europa na época, mesmo que não tenha exercido influência direta sobre eles ainda neste momento. Marx e Engels foram ativos na primeira internacional, a Associação Internacional dos Trabalhadores. Os membros dessa associação participaram da Comuna de Paris de 1871, que durou pouco mais de dois meses e funcionou como protótipo da ditadura do proletariado, até ser afogada em sangue pela repressão da burguesia.

Como cientista social, Marx tomou totalmente em conta os vestígios do feudalismo na França, Alemanha e Rússia e a validade das demandas democráticas entre os camponeses, que deverão ser dirigidos pelo proletariado, tomando conhecimento que a burguesia busca tomar a iniciativa do proletariado. Marx tinha uma visão abrangente e penetrante das revoltas de 1848 na Europa, como mostram suas reflexões em O 18 do Brumário de Louis Bonaparte e As Lutas de Classes em França, antes da Comuna de Paris ocorrer em 1871 e ser possível seu estudo sobre As Guerras Civis em França.

A Primeira Internacional desapareceu quando sua sede foi transferida da Europa para Nova York. Mas a influência do marxismo se espalharia mais rápido pelo Segunda Internacional, com Engels e outros que propagavam a teoria marxista após a morte de Marx em 14 de março de 1883, aos 64 anos. Na última década do século XIX, o marxismo se tornou a principal corrente do movimento operário europeu, tanto nos Partidos Socialdemocratas quanto nos sindicatos.

O Leninismo como desenvolvimento superior do Marxismo

Desde a derrota da Comuna de Paris em 1871, o capitalismo de livre competição se desenvolveu no capitalismo monopolista ou moderno capitalismo imperialista em diversos países capitalistas desenvolvidos, com nações recém chegadas ao jogo de disputa colonial lutando para (re)dividir o mundo enquanto territórios econômicos e zonas de influência geopolítica. Lênin sustentou, defendeu e desenvolveu o marxismo na era do imperialismo moderno e da revolução proletária.

Lênin reconheceu claramente que o monopólio capitalista ou imperialismo era o estágio mais elevado e final do capitalismo, e portanto, trata-se da antessala da revolução socialista. Ele viu o imperialismo como decadente, moribundo e agressivo; que as guerras imperialistas de agressão poderiam ser convertidas em guerras civis do proletariado, tanto nos países capitalistas desenvolvidos como naqueles subjugados.

Ele contribuiu enormemente para o desenvolvimento do materialismo dialético ao identificar a lei fundamental da dialética, a da unidade e luta dos contrários, e manteve-se firme contra o empiro-criticismo e a tendência positivista lógica na filosofia; além de conseguir navegar com sucesso pelas difíceis correntezas políticas russas, onde os Mencheviques, democratas constitucionais, Narodniks, anarquistas e czaristas radicais eram obstáculos para a revolução proletária.

Lênin debateu e derrotou os revisionistas clássicos, encabeçados por Kautsky na Segunda Internacional. Sem querer, Kautsky forneceu o mais alto elogio ao Leninismo ao rotulá-lo como a posição marxista crítica ao Social Pacifismo, Social Chauvinismo e ao Social Imperialismo. Como pensador e líder dos Bolcheviques, Lênin também prevaleceu sobre uma ampla gama de Partidos e correntes burguesas que compunham a luta contra o czarismo, e posteriormente o poder burguês na Rússia.

Sem o Marxismo, em primeiro lugar, e o Leninismo como seu desenvolvimento, os Bolcheviques não poderiam ter alcançado a vitória na Grande Revolução Socialista de Outubro de 1917, especialmente sob as circunstancias durante e após a primeira grande guerra mundial inter-imperialista. Lênin e Stálin alcançaram uma série de vitórias ideológicas e políticas para a linha Marxista-Leninista, proletária e socialista, para estabelecer e desenvolver um poderoso país socialista que envolvia um sexto do território do planeta.

Eles promoveram a Terceira Internacional Comunista e inspiraram o proletariado e os povos oprimidos de todo o mundo a se levantarem contra o imperialismo e as classes dominantes reacionárias locais. Vários países socialistas e democracias populares surgiram como consequencia da persistente crise geral do capitalismo monopolista; da segunda guerra mundial inter-imperialista; e do papel decisivo desempenhado pela União Soviética e outros povos trabalhadores na derrota das forças fascistas. Em 1956, países socialistas e movimentos de libertação nacional abraçaram um terço da humanidade e se tornaram um bastião contra o avanço do imperialismo estadunidense.

Mas, infelizmente, este foi o mesmo ano em que os revisionistas modernos, liderados por Kruschev, tomaram o poder dos seguidores de Stálin na União Soviética e começaram a minar as bases do socialismo e promover o revisionismo moderno e a restauração do capitalismo, não apenas na União Soviética, mas em todo o leste europeu e onde mais conseguissem. Em 1964, por sua vez, Brezhnev tomou o poder de Kruschev unicamente para aprofundar e acelerar a restauração do capitalismo.

O grande camarada comunista Mao Tsé-tung resistiu contra o revisionismo moderno tão logo este levantou sua cabeça nas reuniões em Moscou entre os Partidos Comunistas e operários entre 1957 e 1960. Ele também combateu os admiradores do revisionismo moderno soviético dentro da China, contra aqueles que se opuseram ao Grande Salto Adiante e ao movimento de educação socialista.

O Pensamento Mao Tsé-tung como desenvolvimento posterior do Marxismo-Leninismo

Em 1966, em consonância com o Marxismo e o Leninismo, Mao aplicou a teoria e a prática da revolução contínua sob a Ditadura de classe do proletariado, através da Grande Revolução Cultural Proletária, para combater o revisionismo, prevenir a restauração capitalista e consolidar o socialismo. Ele garantiu grandes vitórias nos dez anos subsequentes da Revolução Cultural, com constantes reviravoltas.

Mas após sua morte em 1976, os revisionistas liderados por Deng Xiaoping lograram sucesso em realizar um golpe e a consequente restauração do capitalismo sob o pretexto de perseguir reformas de abertura para promover o “socialismo” (um capitalismo de fato) com características chinesas. A restauração capitalista na China mostrou que estava correta a linha maoísta de perseguir a teoria e a prática contínua da revolução sob a ditadura do proletariado através de uma série de revoluções culturais.

Mao foi capaz de manter-se contra o revisionismo soviético moderno e seus agentes chineses enquanto esteve vivo. Por conta disto, ele foi creditado pelo proletariado e pelo povo chinês como líder da Revolução Chinesa e de suas vitórias democráticas e socialista, até a ação degradante do revisionismo moderno e do imperialismo estadunidense reverterem estas vitórias após sua morte.

Mao realizou grandes contribuições para a filosofia, economia política e ciência social revolucionária do Marxismo-Leninismo. Assim, ele foi capaz de liderar vitoriosamente a Revolução Chinesa. E hoje, ele ainda é respeitado e reconhecido como o fundador da República Popular da China por aqueles que agora comandam o país e usam o nacionalismo burguês, o capitalismo e o cosmopolitismo burguês como guias.

A influência do imperialismo estadunidense e do revisionismo moderno na China não pode ser subestimado. Desta forma, a China de hoje não é mais socialista. A teoria e a prática da revolução contínua sob a ditadura do proletariado almejava a garantia de que o proletariado e os povos trabalhadores do mundo pudessem derrotar o imperialismo e marchar até a vitória mundial do socialismo. Mas tudo isso foi temporariamente frustrado diante da restauração do capitalismo na China.

Em 1989-91, os regimes comandados pelos revisionistas estavam prontos para serem substituídos por regimes burgueses na União Soviéticas e outros países do leste europeu, com a China mantendo um véu de socialismo para ocultar seu capitalismo. Os Estados Unidos se tornaram a única potência vencedora da Guerra Fria contra a União Soviética, que entrou em colapso após a traição final dos revisionistas soviéticos liderados por Gorbachov. Todos os anticomunistas e seus seguidores pregavam que a humanidade nunca poderia ir além do capitalismo e da democracia liberal.

Com incomparável arrogância, os Estados Unidos espalharam a noção de que o capitalismo é eterno e que o socialismo estaria morto, tudo para impulsionar e impor ainda mais suas políticas econômicas neoliberais e sua política neoconservadora de guerras de agressão, gastando trilhões de dólares nestas. Anteriormente, nos anos oitenta sob o regime de Reagan, os Estados Unidos haviam se excedido ao envolver a União Soviética em uma corrida armamentista mutuamente custosa e concedendo à China um mercado consumidor de manufaturas para acelerar a integração da China no mundo capitalista.

Hoje em dia, este mundo capitalista passa por grandes problemas. Duas novas grandes forças capitalistas, a China e a Rússia, estão disputando a hegemonia política e desafiando as antigas potências capitalistas, os EUA, Japão e a União Europeia. Nestas condições, a crise capitalista mundial e as guerras de agressões imperialistas acontecem com maior frequência do que antes. Estas são condições favoráveis para o ressurgimento dos movimentos anti-imperialistas e socialistas.

Transição para o ressurgimento da Revolução Proletária Mundial

Após várias rodadas de crises econômicas nacionais e globais, culminando no colapso financeiro de 2008, que continua a deprimir a economia global, os Estados Unidos agora encontram-se em um acelerado declínio estratégico sem precedentes e que o pentágono não se furta em chamar de período pós-primado estadunidense. Os aparentes principais rivais dos Estados Unidos atualmente são: a China, em termos econômicos; e a Rússia e a China em termos militares, em um mundo crescentemente multipolar, onde as contradições inter-imperialistas não cessam de aumentar.

Enquanto isso, enquanto a causa socialista recuou visivelmente desde 1991, ou mesmo desde antes, o proletariado e os povos oprimidos do mundo passaram por terríveis sofrimentos sob o rigor do neoliberalismo econômico e das guerras imperialistas de agressão. Mas, precisamente por conta disto, as contradições entre as potências imperialistas se intensificaram, e as forças revolucionárias e de resistência voltam a emergir do proletariado e demais classes exploradas.

Por várias décadas, nós parecemos presos em um mundo de crises crescentemente alarmantes, turbulências sociais e guerras de agressão neste período do imperialismo e das revoluções proletárias. Mas estamos agora em um período de transição para a entrada de um novo fluxo revolucionário contra os males e a podridão do decadente capitalismo financeiro e monopolista. Estamos sendo revigorados pela permanência da validade e vitalidade do Marxismo e de seus desenvolvimentos posteriores na história e na atual conjuntura.

Proletários revolucionários e genuínos Partidos Comunistas e populares, que são guiados pelo Marxismo-Leninismo-Pensamento Mao Tsé-tung, são os mais bem preparados e eficazes para travar as lutas revolucionárias contra o imperialismo, o revisionismo e todo tipo de reação. De suas fileiras revolucionárias surgem os teóricos e os quadros de liderança mais resolutos e militantes pela revolução proletária em todos os países.

Estamos em um momento crucial na história da humanidade, no qual os Partidos e organizações de massas do proletariado e demais classes oprimidas estão uma vez mais estudando os ensinamentos de Marx, Engels, Lênin, Stálin e Mao, e tomando o Marxismo-Leninismo-Pensamento Mao Tsé-tung como as armas teóricas e práticas no ressurgimento e na renovação do avanço da Revolução Proletária Mundial, através da Libertação Nacional, da Democracia Popular e do socialismo contra o imperialismo e toda a reação.

A histórica luta de classes entre a burguesia e o proletariado não terminará até que seja alcançada a vitória final do socialismo e do comunismo!

Vida longa à memória e aos ensinamentos de Karl Marx!

Vida longa ao Marxismo-Leninismo-Pensamento Mao Tsé-tung!

Vida longa aos genuínos Partidos Comunistas e populares!

Vida longa à Revolução Proletária e Socialista Mundial!

Vida longa ao proletariado e aos povos trabalhadores do mundo!

5 de Maio de 2018

Escrito por José Maria Sison

Presidente fundador do Partido Comunista das Filipinas

Presidente da Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS)

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